O que vejo da janela
- contatoelisamaia
- 8 de fev. de 2022
- 2 min de leitura

Valparaíso de Goiás (GO).
Tô numa de me autopreservar: me ouvir mais, escrever mais, ler mais, silenciar mais o externo. Não me alieno, escolho hora e veículos pra me “expor” à informações, notícias (ainda não cheguei lá).
Comecei a me perguntar por que voluntariamente me exponho à uma enxurrada de estímulos. Por que?
Deletei os aplicativos de redes sociais do celular e tenho usado o Instagram (deletei temporariamente minha conta, mas meu trabalho na música nos últimos dias exigiu que eu a reativasse), por exemplo, o menor tempo possível. Tô evitando ver stories, que é tipo uma novela maluca com muitos altos e muitos baixos “astrais” e tô evitando fazer também pra evitar o loop ‘quem viu meus stories’ (deus me ajude quando eu precisar desse engajamento de novo).
Da janela do apartamento da minha irmã, onde estou, a topografia do bairro me mostra outros prédios, suas diferentes cores, árvores, carros estacionados nas vagas dos condomínios e ao longe a rodovia e as ruas vicinais num movimento incessante de carros, como se fosse uma maquete em grande escala Tudo silencioso e distante. Chego a pensar em cada vida em movimento dos apartamentos, dos carros, mas logo abandono a ideia de tentar imaginar. É quase meditação, quando vem um pensamento e você de jeito suave, abandona ele.
Mesmo o céu carregado de nuvens escuras, do que choveu e do que ainda vai chover, me parece bonito o conjunto com as cores e o fluxo do que vejo pela janela da sala, sentada à mesa, digitando esse pequeno texto.
No fundo não é nada demais. É só pra registrar e salvar em algum lugar da alma a paz que eu escolho, mesmo com a angústia da sensação de que não sou capaz de fazer nada em relação ao caos a não ser construir criativamente uma (des)ordem possível!










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